probioóticos no trato gastrointestinal

A suplementação com probióticos, prebióticos, pós-bióticos, simbióticos e a alimentação pode ser  fatores relevantes para otimizar a imunomodulação.

O desenvolvimento e as respostas liberadas no trato gastrointestinal (TGI) está fortemente relacionada com a dieta alimentar que um indivíduo ingere. Diversas condições no organismo podem correlacionar-se com fatores genéticos, mas também com, o meio ambiente e o TGI, e desse modo pode influenciar, por exemplo, em doenças alérgicas e nas respostas mediadas pelo sistema imune.

 

O que são probióticos?

Probióticos são microrganismos vivos que, que tem se mostrado seguro e bem tolerado, promovendo benefícios à saúde.

Entretanto, os probióticos possuem influências na maturação da barreira intestinal e no equilíbrio da resposta imune mediadas pelas células T helper (Th1 e Th2).

Como os probióticos atuam?

A administração de probióticos, faz a ativação de macrófagos pelas células Th1, já Th2 auxilia no estímulo de linfócitos B, enquanto suprime Th17, através de desenvolvimento de células T regulatórias (Treg) e também promove estimula receptor Toll Like (TLR).

Os probióticos afetam a fagocitose, a síntese e liberação de citocinas pró-inflamatórias, portanto, têm sido propostos como moduladores da resposta alérgica, por isso têm sido sugeridos como opção terapêutica também para doenças alérgicas.

(Wieërs et al., 2020; Żółkiewicz et al., 2019; Sestito et al., 2020)

Prebióticos no trato gastrointestinal

Prebióticos são substâncias não digeríveis que favorece seletivamente o crescimento de microrganismos no trato gastrointestinal. Eles não sofrem a ação de enzimas digestivas liberadas pelo TGI superior, com isso, consegue atingir o cólon de forma intacta, onde são fermentados e dão origem aos, ácidos graxos de cadeia curta.

O metabolismo de prebióticos estimulam o crescimento de espécies de bifidobactérias e lactobacilos, cepas benéficas para diferentes processos, como também para a composição da microbiota presente no trato gastrointestinal.

(Żółkiewicz et al., 2019)

Como eles atuam?

Possui variados benefícios à saúde do TGI, desde influenciar na diversidade da microbiota intestinal, principalmente, mo aumento de espécies de bifidobactérias e lactobacilos.

Pode atuar também na progressão da saciedade, induzindo plenitude gástrica e com isso, reduz a ingestão alimentar, o que consequentemente, contribui para a perda de peso.

(Żółkiewicz et al., 2019)

O que são pós-bióticos?

Os pós-bióticos são considerados, moléculas bioativas e com isso, não tem a necessidade de sofrer metabolização, como é o caso, do corebiome. Sua atividade não depende de processo de fermentação, pois, em alguns casos tem-se a necessidade de microrganismos específicos.

Além disso, pode ser uma alternativa, especialmente, para àqueles indivíduos que não tem tolerância ao uso de fibras (prebióticos) e pode trazer benefícios ao organismo.

Figura 1- Ilustração dos benefícios dos pós-bióticos

pós-bióticos no trato gastrointestinal

Fonte: Żółkiewicz et al., 2019

Além disso, entre os benefícios dos pós-bióticos encontram-se imunomodulação, prevenção de inflamação, metabolismo lipídico, atividade antioxidante e antitumoral como ilustra a fig. 1.

(Żółkiewicz et al., 2019)

Em conclusão, qual a importância de probióticos, prebióticos e pós-bióticos no trato gastrointestinal

A dieta alimentar pode ser fator relevante e interferir na mediação das respostas do sistema imune e na função da microbiota intestinal que pode afetar a diversidade de microrganismos que compõem a microbiota presente no trato gastrointestinal.

Por outro lado, a suplementação com probióticos, prebióticos, pós-bióticos e simbióticos pode, modificar, diferenciar e potencializar as  respostas exibidas por um organismo.

No entanto, opções suplementares com probióticos, prebióticos, pós-bióticos e simbióticos pode ser um suporte nutricional adequado e favorável uma resposta imune eficaz, através da interação destas moléculas com a microbiota intestinal.

Referencias

Sestito, S., D’Auria, E., Baldassarre, M. E., Salvatore, S., Tallarico, V., Stefanelli, E., Tarsitano, F., Concolino, D., & Pensabene, L. (2020). The Role of Prebiotics and Probiotics in Prevention of Allergic Diseases in Infants. Frontiers in pediatrics, 8, 5839-46. 

Wieërs, G., Belkhir, L., Enaud, R., Leclercq, S., Philippart de Foy, J. M., Dequenne, I., de Timary, P., & Cani, P. D. (2020). How Probiotics Affect the Microbiota. Frontiers in cellular and infection microbiology9, 454.

Żółkiewicz, J., Marzec, A., Ruszczyński, M., & Feleszko, W. (2020). Postbiotics-A Step Beyond Pre- and Probiotics. Nutrients12(8), 2189.

Gostou desse artigo? Compartilhe nas suas redes sociais.