Os novos ativos despigmentantes possuem ação em diferentes fases da síntese de melanina
Manchas hiperpigmentadas
As hipercromias são desordens do tecido cutâneo que levam a uma produção elevada de melanina, gerando ausência de uniformidade na pigmentação da pele e muitas vezes, leva a incômodos com a aparência, afetando o bem estar físico e mental de diferentes públicos. A pergunta comumente feita por você profissional médico é como tratar manchas hiperpigmentadas?
O tratamento de manchas hiperpigmentadas requer muitas vezes manejo com diversos tipos de terapias, o que muitas vezes acaba desgastando o paciente e até mesmo você por manusear diversos ativos e ter baixa ou nenhuma resposta. A alternativa de utilizar novos ativos despigmentantes pode auxiliá-lo a alcançar consideráveis resultados, uma vez que estes conseguem atuar por diferentes mecanismos.
(Markiewicz & Idowu, 2020; Hollinger et al., 2018)
Fatores que favorecem as manchas hiperpigmentadas
Uma vez que diversos fatores podem afetar a produção de melanina, contribuindo para as hiperpigmentações. Entre os fatores causais estão, exposição solar acentuada, radiação ultravioleta (UV), processo inflamatório pós acne, uso de alguns medicamentos, alteração hormonal, nutrição deficiência de vitaminas e minerais e até mesmo fatores genéticos.
Outros fatores podem estar relacionados com o aparecimento de hiperpigmentações, em casos de acne por exemplo, comumente conhecida como hiperpigmentação pós inflamatória. E ainda outras condições cutâneas como, eczema, dermatite de contato e tratamentos que promovem alterações nos melanócitos.
(Woolery-Lloyd & Kammer, 2011)
Desenvolvimento do processo de pigmentação cutânea
A pigmentação cutânea é desencadeada pelos melanócitos, sendo necessário presença da tirosinase para ocorrência de pigmento devido às muitas reações químicas nos melanossomos. A melanina é a responsável pela síntese e distribuição de pigmentação ao tecido cutâneo.
Figura esquemático síntese de melanina
(Videira et al., 2013)
A utilização dos novos ativos despigmentantes permite atuação com inibição da tirosinase, impedindo a formação de pigmento, e assim, consequentemente inibe a formação de máculas escuras sobre o tecido cutâneo, principalmente na face, revelando a aparência de manchas.
Certas condições possuem como fator preponderante uma elevada síntese de melanina pelos melanócitos, principalmente, na camada da epiderme, e derme ou ambas. Entre as opções terapêuticas está uso de agentes de uso tópico (OUT), oral (IN), peeling e dermoabrasão.
(Woolery-Lloyd & Kammer, 2011)
Novos ativos despigmentantes para tratar manchas hiperpigmentadas
Os novos ativos despigmentantes possuem ação em diferentes fases da síntese de melanina, dessa forma, esses ativos podem atuar por diferentes mecanismos e assim, impede etapas importantes do processo de formação da melanina (antes, durante e depois) da síntese, exercendo funções variadas, desde o processo inicial da melanogênese até a transferência de melanina para os melanossomos.
Figura esquemática atuação de novos ativos despigmentantes
Além disso, os novos ativos possuem outras propriedades, que são essenciais, pois a demanda de cuidados com a pele vai além da despigmentação. Desse modo, fotoproteção, antioxidantes, bem como também melhora da hidratação, da função de barreira e ainda cuidados anti-envelhecimento são as grandes demandas do mercado e a mesma tem crescido substancialmente.
O uso desses ativos tem como objetivo principal, ajudar você a tratar as hiperpigmentações de diferentes origens e também desenvolver cuidados não apenas pela ação despigmentante, mas também devido a atividade anti-inflamatória e antioxidante promovida por esses ativos. E por consequência leva a redução de manchas e propicia uniformidade na pigmentação cutânea.
(Woolery-Lloyd & Kammer, 2011)
Propriedades para prevenção e tratamento de hiperpigmentações cutâneas
O tratamento e prevenção de hipercromias melanogênicas se dá por utilização de ativos que tem potencial ação em diferentes etapas, e assim, consegue exercer ação no bloqueio da tirosinase e outros ainda podem propiciar também renovação celular.
Sua ação antioxidante e anti-inflamatória também é de grande importância para a saúde da pele cutânea, pois reduz a ação de citocinas pró-inflamatórias e bem como reduz manchas já existentes e impede o aparecimento de outras. Outra condição interessante ao fazer uso de diferentes ativos é o sinergismo que pode ser estimulado pela utilização de ativos com diferentes mecanismos.
A atuação de novos ativos durante a formação da hiperpigmentação dá-se por meio de inibição direta da tirosinase. Após a formação da melanina a ação desses ativos acontece por bloqueio da transferência de melanina para os melanócitos.
A terapêutica com ativos que age tanto no antes, no durante e também após a formação da melanina é benéfica para promover além de tratamento também a prevenção ao aparecimento de outras manchas.
(Markiewicz & Idowu, 2020; Videira et al., 2013)
Referências
Hollinger, J. C., Angra, K., & Halder, R. M. (2018). Are Natural Ingredients Effective in the Management of Hyperpigmentation? A Systematic Review. The Journal of clinical and aesthetic dermatology, 11(2), 28-37.
Markiewicz, E., & Idowu, O. C. (2020). Melanogenic Difference Consideration in Ethnic Skin Type: A Balance Approach Between Skin Brightening Applications and Beneficial Sun Exposure. Clinical, cosmetic and investigational dermatology, 13, 215–32.
Videira, I. F., Moura, D. F., & Magina, S. (2013). Mechanisms regulating melanogenesis. Anais brasileiros de dermatologia, 88(1), 76–83.
Woolery-Lloyd, H., & Kammer, J. N. (2011). Treatment of Hyperpigmentation. Seminars in Cutaneous Medicine and Surgery, 30(3), 171-75.