Protocolo de Angiologia - Sistema intravenoso

As doenças vasculares periféricas (DVPS) afetam os sistemas, cardíaco e circulatório, caracteriza-se por distúrbios da circulação.

Protocolo Angiologia

Inicialmente, existem diversas desordens do sistema cardiovascular que são orientadas e tratadas pela especialidade, angiologia. Tais distúrbios provocam estreitamento, obstrução, ou ambos, dos vasos que conduzem o sangue ou a linfa do sistema circulatório superior para a circulação inferior (pernas) prejudicando dessa forma seu fluxo normal.

Desse modo o protocolo angiologia traz em sua composição, alternativas terapêuticas para uso IN e OUT, a fim de propiciar alívio para os desconfortos em casos mais graves e ainda auxiliar na melhora de sintomas de DVPS.

Desordens da circulação vascular periférica

A doença vascular periférica refere-se ao estreitamento ou obstrução internamente do vaso para a passagem do fluxo sanguíneo para as pernas. Ademais, a progressão da alteração dá-se ao longo de anos, podendo consequentemente levar a aterosclerose e esta pode ser mediadora de danos cardíacos e cerebrais.

Todavia as desordens da circulação entre outras alterações vasculares são tratadas com a finalidade de prevenir a progressão de danos ao sistema cardiovascular como um todo, bem como auxiliar na recuperação da saúde vascular, evitando assim, desconfortos com a dor, edema, fadiga e até mesmo maiores danos o passar do tempo.

Associado a terapêutica está mudanças nos hábitos, como prática regular de atividade física, desistência do uso de cigarro, alimentação saudável e controle do diabetes, estes são fatores relevantes para o tratamento de desordens vasculares.

A terapia antivaricosa está voltada para promover alívio dos sintomas, como sensação de, peso nos membros, incômodos com a dor, edema e desconforto com a fadiga causada pela dor.

(Martinez-Zapata et al., 2016; Limberg, et al., 2014; Nådland et al., 2011)

Potencial antivaricosos nos sintomas vasculares

Primordialmente, a maioria dos pacientes com DVP apresenta queimação, dor muscular nos membros inferiores durante a caminhada, sendo a mesma aliviada quando está em repouso (claudicação intermitente).

Conforme ocorre agravamento da DVP, os pacientes podem apresentar dor também em períodos de repouso. Eventualmente em casos gravíssimos pode aparecer ulcerações nos pés bem como necrose associada a gangrena.

A presença de reduzida oxigenação tecidual induz a diferentes afecções dolorosas no tecido muscular esquelético dos membros inferiores. Exemplos destas afecções são as tendinopatias crônicas (tendinoses), artropatias degenerativas (artroses) e síndromes compressivas de nervos periféricos (SCNP). Normalmente estas condições são tratadas tendo por finalidade controle da dor, o que é muitas vezes dificilmente conseguido.

Dessa forma, o uso de substâncias com propriedades vasodilatadoras e antiagregante plaquetário para possibilitar melhora do aporte sanguíneo e reduzir o comprometimento tecidual podendo levar a uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.

Além disso, a utilização de agentes anti-inflamatórios para a redução da dor é de grande impacto, uma vez que possui significativa relevância na qualidade de vida do paciente.

Com efeito, a utilização de fitoterápicos com diferentes compostos e mecanismos pode ser uma opção terapêutica para os diversos sintomas clínicos da DVP. Em sua composição está, principalmente flavonoides, condicionando, melhora da circulação sanguínea, efeito anti-inflamatório e atividade  antiplaquetária.

(Morling et al., 2018; Ichinose et al., 2015)

Indicação e benefícios dos antivaricosos no protocolo angiologia

    • Auxilia na melhora de doenças cardiovasculares;
    • Alivia sintomas relacionados a varizes;
    • Hemorróidas;
    • Reduz a insuficiência venosa
    • Reduzem a hemorragia causada por fragilidade dos vasos;
    • Diminui edema;
    • Alivia a dor e o cansaço nos membros inferiores.

Outras terapias complementares podem ser viáveis para cuidados e melhora do fluxo sanguíneo

A ação de ativos com diferentes propriedades possibilita melhores resultados para o tratamento das desordens vasculares e circulatórias, juntamente a estes pode-se ter a ação de diferentes fármacos que por diversos mecanismos pode contribuir para alívio destes sintomas.

No entanto, pode-se também ter a necessidade de mediar a melhora do estreitamento na luz do vaso, e estas podem ser por meio de procedimentos minimamente invasivos no interior do vaso (endovasculares). Outra alternativa seria cirurgias, que tem como finalidade liberar espaço no interior da artéria (endarterectomia), ou mesmo desviar o bloqueio por uso de veias ou material protético.

(Ichinose et al., 2015)

Referências

Martinez-Zapata, M. J., Vernooij, R. W., Uriona Tuma, S. M., Stein, A. T., Moreno, R. M., Vargas, E., Capellà, D., & Bonfill Cosp, X. (2016). Phlebotonics for venous insufficiency. The Cochrane database of systematic reviews, 4(4), CD003229.

Morling, J. R., Broderick, C., Yeoh, S. E., & Kolbach, D. N. (2018). Rutosides for treatment of post-thrombotic syndrome. The Cochrane database of systematic reviews, 11(11), CD005625.

Limberg, J. K., Johansson, R. E., McBride, P. E., & Schrage, W. G. (2014). Increased leg blood flow and improved femoral artery shear patterns in metabolic syndrome after a diet and exercise programme. Clinical physiology and functional imaging, 34(4), 282-89.

Ichinose, M., Ichinose-Kuwahara, T., Kondo, N., & Nishiyasu, T. (2015). Increasing blood flow to exercising muscle attenuates systemic cardiovascular responses during dynamic exercise in humans. American journal of physiology. Regulatory, integrative and comparative physiology, 309(10), R1234-42.

Nådland, I. H., Wesche, J., Sheriff, D. D., & Toska, K. (2011). Does the Great Saphenous Vein Stripping Improve Arterial Leg Blood Flow During Exercise? European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, 41(5), 697-03.

Na escrita do post fizemos o uso de algumas referências de literaturas que se encontram neste link Referências post.

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