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A  queda de cabelo também conhecida como, alopecia ou calvície, apresenta variados fatores causais, como é o caso do eflúvio telógeno (TE). A perda de cabelo afeta homens e mulheres, todavia, apresenta maior incidência no público feminino.

Nesse conteúdo você conhecerá um pouco mais sobre, as possíveis alternativa para minimizar o eflúvio telógeno.

O que é eflúvio telógeno?

O TE é uma perda capilar seguida por 2 a 3 meses, podendo chegar a 6 meses, após um processo estressor. De acordo com especialista, nessa perda capilar ocorre uma aceleração da passagem do fio da fase anágena, para a telógena, o que consequentemente, leva a queda do cabelo.

(Hoover, Alhajj, Flores, 2020; Asghar et al., 2020)

Queda de cabelo eflúvio

Principal característica do eflúvio telógeno

  • Tricodinia

Com efeito a tricodinia é a principal característica do eflúvio telógeno. Entre as queixas encontra-se sensibilidade, dor, queimação, coceira, ardência e perda de cabelo em diversas áreas do couro cabeludo, pois os fios estão, enfraquecidos e quebradiços, e com isso contribui para a queda.

Em síntese, o eflúvio telógeno acontece após estresse agudo ou crônico, causando queda excessiva de fios. Sua causa está ligada a fatores como,

  • Uso de medicamentos
  • Desnutrição
  • Desordens inflamatórias, imunológicas e febris
  • Tricodinia

(Olds et al., 2021; Rebora, 2019; Sghar et al., 2020)

Fatores causais de eflúvio telógeno

Uso de medicamentos

Eventualmente a utilização de medicamentos pode provocar a queda de cabelo, entre eles estão aqueles que podem atuar com atividade antimitótica devido a sua ação tóxica no bulbo capilar.

A parada prematura da mitose pode ocorrer por causa dos fármacos com atividade citostática, por insuficiências nutricionais e, possivelmente, por atividade linfocitotóxica.

Deficiência nutricional ou de micronutrientes

Inegavelmente, já é conhecido que desequilíbrio nas concentrações de micronutrientes podem contribuir para a queda de cabelo, especialmente em casos de anoréxia crônica e quadros severos de desnutrição e com isso, provocam queda de cabelo ou haste (fio capilar) frágil, quebradiça e bem como ressecada.

Estresse fisiológico pode contribuir para o eflúvio telógeno

  • Doença autoimune

Semelhante a alopecia areata está ligada a doenças autoimunes. O estresse emocional com efeito pode ser um precedente para o aparecimento de alopecia areata e similarmente de TE.

Inegavelmente o nível de estresse, as concentrações de células Helper (TH1  e TH2) e parâmetros ligados ao cabelo sofrem alterações  significativas  em situações estressantes.

  • Pós parto

Afeta cerca de 20% das mulheres, primordialmente no período 13ós parto, aparece de 2 a 4 meses após o parto, tem duração apenas 2 meses e em raros casos estende-se por mais tempo.

De acordo com pesquisadores parece ter uma associação com a sincronização do ciclo capilar com o período de gestação, possivelmente isso acontece devido ao encurtamento da fase anágena em todo o couro cabeludo.

  • Quadros febris pode estimular eflúvio telógeno

Conforme apontado uma das prováveis causas para aparecimento de ET parece ser a presença de altas temperaturas com duração de 2 a 6 semanas com temperatura de 39 a 39,5ºC. O fator causal parece estar relacionado a vasculite de pequenos vasos da papila dérmica.

Decerto a inflamação de pequenos vasos na papila dérmica e na região periférica da papila parecem estar relacionados a imunocomplexos circulantes que contribuem para ET e desse modo ocorrendo em doenças como lúpus eritematoso sistêmico e em TE pós-febril (PFTE).

(Olds et al., 2021; Rebora, 2019; Sghar et al., 2020)

perda de cabelo

Alternativas para minimizar o eflúvio telógeno

Quando identificado o fator causal e existir a possibilidade de mediar uma terapêutica está deve ser iniciada. Quando eventualmente identificar a deficiência nutricional a mesma deve ser corrigida através da suplementação.

Suplementação com vitaminas e minerais

  • Vitamina C e D

Conforme apontado em literatura a utilização de vitamina C e D foi sugerido como uma das alternativas para melhora da perda de cabelo.

  • Ferro

Conforme Hughes e colaboradores (2021) a deficiência de ferro pode levar a queda de cabelo, em contrapartida níveis adequados de ferro pode auxiliar no reparo da perda capilar.

  • Zinco, selênio, magnésio e cobre

Além disso, níveis adequados dos minerais zinco, selênio, magnésio e cobre pode auxiliar no estímulo do desenvolvimento do ciclo capilar e bem como na redução do estresse oxidativo.

  •  Corticoides tópicos

Conforme Sghar e colaboradores (2020) em casos de desordem inflamatória, a utilização de corticoides e anti-inflamatórios de uso tópico ou até de uso sistêmico pode beneficiar o paciente, especialmente, quando associado ao lúpus eritematoso sistêmico.

  • Minoxidil

De acordo com Hughes e colaboradores (2021) a utilização de minoxidil pode auxiliar na melhora da microcirculação ao redor dos folículos pilosos e, dessa forma auxilia no estímulo de fios anágenos.

Clique aqui para saber mais sobre a atuação do minoxidil

(Sghar et al., 2020; Rebora, 2019)

Em conclusão

O eflúvio telógeno é uma condição limitante para a clínica médica, uma vez que possui variados fatores que podem induzir seu aparecimento. O direcionamento da terapêutica será proposto conforme a identificação do fator causal e com isso a personalização do tratamento, trazendo benefícios na redução da queda de cabelo como também na promoção da saúde.

Referências

Asghar, F., Shamim, N., Farooque, U., Sheikh, H., & Aqeel, R. (2020). Telogen Effluvium: A Review of the Literature. Cureus12(5), e8320.

Hoover E, Alhajj M, Flores JL. Physiology, Hair. [Updated 2020 Jul 27]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan-.

Hughes EC, Saleh D. Telogen Effluvium. [Updated 2021 Jun 8]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan-.

Rebora A. (2019). Telogen effluvium: a comprehensive review. Clinical, cosmetic and investigational dermatology12, 583-90.

Olds, H., Liu, J., Luk, K., Lim, H. W., Ozog, D., & Rambhatla, P. V. (2021). Telogen effluvium associated with COVID-19 infection. Dermatologic therapy34(2), e14761.

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