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O uso de agentes clareadores de manchas hiperpigmentadas é uma alternativa para tratar esta condição muito comum, que pode afetar tanto o público feminino, quanto o público masculino. Inegavelmente, a uniformização da pigmentação da pele é uma alternativa para melhorar manchas na pele, luminosidade, tamanhos dos poros, contribuindo para o bem estar do índivíduo.

Principais mecanismos no tratamento de manchas

Ademais, as manchas hiperpigmetadas correlacionam-se com modificação na atividade de melanócitos, e consequentemente, sobre a melanogênese, entre os principais mecanismos encontram-se os seguintes fatores:

  • Inibição e estabilização da atividade da tirosinase
  • Equilíbrio da expressão de mediadores inflamatórios
  • Redução de hormônios estimulantes de melanócitos
  • Controle anti-inflamatório e antioxidante.

Figura 1- Ilustração dos principais mecanismos envolvidos na hiperpigmentação

clareadores de mancha

Ortonne & Bissett, 2008

Inibição da atividade da tirosinase

Decerto, um dos principais mecanismos para o tratamento, tanto do melasma quanto de manchas hiperpigmentadas pós inflamatória (HPI), é a inibição da atividade da tirosinase, enzima responsável pela conversão de tirosina em melanina. Além disso, estimular a renovação celular é fator é outro fator com considerável importância na melhora da aparência da pele.

Como acontece a inibição da tirosinase

Com efeito, este mecanismo está envolvido na inibição do transporte de melanossoma dentro do melanócito e da transferência para o queratinócito (por exemplo, antagonistas de PAR-2), mas também a degradação da melanina no interior do queratinócito, estão entre as opções de agentes clareadores de manchas.

Estabilização da atividade da tirosinase

Conforme, estudo desenvolvido por Ortonne & Bissett (2008) a atividade da tirosinase pode ser estabilizada, e com isso, melhora quadros de hiperpigmentação,  como é o caso da diacetil boldina (DAB), que pode atuar na redução de manchas hiperpigmentadas, contribuindo favoravelmente no tratamento do melasma, junto com a associação de estimulantes da renovação celular.

Davis & Callender, 2008; Ortonne & Bissett, 2008; Pratchyapurit, 2016

Influencia da inflamação e do estresse oxidativo sobre a pele

Inflamação pós inflamatória

Diversas condições, como por exemplo, a acne e a exposição radiação ultravioleta (UV)) podem induzir um processo inflamatório na pele, especialmente, na pele acneica bem como, devido a elevada exposição a radiação UV. A  inflamação pode resultar em hiperpigmentação através de vários mecanismos. De acordo com, estudos, a estimulação direta de melanócitos por mediadores inflamatórios, como por exemplo, IL-1-α, endotelina-1 e/ou fator de células-tronco são moléculas que favorecem a inflamação.

Estresse oxidativo

Conforme apontam pesquisas, a exposição da pele à radiação UV, provoca aumento da produção de espécies reativas ao oxigênio (ROS) e/ou também aumenta a liberação de subprodutos de processos inflamatórios, que por conseguinte levam ao estímulo de melanócitos.

Além disso, quando as células epidérmicas sofrem danos, pode ocorrer estímulo de moléculas endócrinas, como por exemplo, o hormônio estimulante de α-melanócitos.

Por fim, a hiperpigmentação induzida por estes fatores, fornece proteção contra danos subsequentes, pois, a melanina tem capacidade de absorver radiação UV e também de reduzir ROS.

Ortonne & Bissett, 2008; Pratchyapurit, 2016; Imokawa, 2019

Em conclusão

Decerto, pesquisas continuam em busca de esclarecer os mecanismos fisiopatológicos, bem como descobrir novas alternativas terapêuticas que levam a significativa melhora da hiperpigmentação. Entretanto, alternativas clássicas através de mecanismos clássicos ainda estão entres as principais opções de clareadores de mancha, primordialmente envolvidos no tratamento de manchas hiperpigmentadas.

Referências

Davis EC, Callender VD. Postinflammatory hyperpigmentation: a review of the epidemiology, clinical features, and treatment options in skin of color. J Clin Aesthet Dermatol. 2010 Jul;3(7):20-31.

Imokawa, G. (2019). Melanocyte Activation Mechanisms and Rational Therapeutic Treatments of Solar Lentigos. International Journal of Molecular Sciences, 20(15), 3666.

Ortonne, J.-P., & Bissett, D. L. (2008). Latest Insights into Skin Hyperpigmentation. Journal of Investigative Dermatology Symposium Proceedings, 13(1), 10–14.

Pratchyapurit, Walai-orn (2016). Combined use of two formulations containing diacetyl boldine, TGF-β1 biomimetic oligopeptide-68 with other hypopigmenting/exfoliating agents and sunscreen provides effective and convenient treatment for facial melasma. Either is equal to or is better than. Journal of Cosmetic Dermatology, 15(2), 131-44.

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