Novos ativos para o tratamento da queda de cabelo em homens e mulheres
Muitas pessoas procuram tratamento para queda de cabelos, ressecamento e outros fatores. A perda de cabelo tem impacto direto na autoestima e qualidade de vida tanto em homens quanto em mulher.
Novos ativos para tratamento da queda de cabelo são necessários, uma vez que os motivos que levam a essa perda podem variar desde seborreia e envelhecimento até particularidades genéticas relacionadas ao metabolismo androgênico (FISHER et al.,2012).
Em homens, o principal fator genético que contribui para a queda de cabelo é a elevada atividade da 5-alfa redutase do tipo II. Esta é a enzima que transforma a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). Já em mulheres, a perda pode ser causada pela diminuição da aromatase, que converte testosterona em 17-beta-estradiol.
Tanto o aumento da alfa-redutase quanto a diminuição da aromatase levam a um aumento de concentração de DHT. Este consequentemente se liga a seus receptores, que estão altamente expressos no folículo piloso, resultando em uma redução da fase anágena e uma maior fase telógena, seguida de uma miniaturização progressiva do folículo piloso.
(FISHER et al.,2012; VUJOVIC & MARMOL,2014)
Possíveis causas da queda
Outros motivos podem estar relacionados com o envelhecimento, com a radiação ultravioleta e poluentes ambientais, que levam à formação de radicais livres e que não são mais suficientemente eliminados por mecanismos de defesa das células. Estes fatores resultam em danos para os folículos pilosos.
(GRUPTA & MYROSE, 2016)
Dois medicamentos são frequentemente utilizados no tratamento de alopecia androgenética (AGA), o Finasteride de uso oral e minoxidil uso tópico. No entanto, ambos possuem atividades limitadas e podem causar efeitos adversos levando a interrupção do tratamento.
Por isso, tratamentos alternativos vêm sendo cada vez mais pesquisados, como forma de minimizar efeitos adversos e consequente abandono de tratamento e também potencializar os resultados na terapêutica.
(ROSSI et al., 2012)
Dentro destas pesquisas de tratamento alternativos para a queda de cabelo, se encontra em estudo a utilização da melatonina.
A melatonina é um hormônio, produzido principalmente pela glândula pineal com propriedades antioxidantes, sendo estes um dos motivos pelo qual ela pode ser considerada para o tratamento de perda capilar, pois é capaz de neutralizar o estresse oxidativo associado a perda de cabelo geral, bem como na AGA.
(FISHER et al., 2004; KOBAYASHI et al., 2005)
Melatonina
Estrutura molécula melatonina
A melatonina é um hormônio, produzido principalmente pela glândula pineal com propriedades antioxidantes, sendo estes um dos motivos pelo qual ela pode ser considerada para o tratamento de perda capilar, pois é capaz de neutralizar o estresse oxidativo associado a perda de cabelo geral, bem como na AGA.
(FISHER et al., 2004; KOBAYASHI et al., 2005)
Indicação e benefícios
- Ação antioxidante;
- Neutralização do estresse oxidativo;
- Aumento da proliferação e diferenciação celular nos folículos pilosos;
- Influencia no desenvolvimento e crescimento capilar;
- Atividade sobre os ciclos do crescimento capilar;
- Protege de danos oxidativos estruturas intracelulares importantes;
- Regula a atividade de enzimas antioxidantes endógenas.
- Reduz a queda dos cabelos.
Mecanismo de ação
Estudos vem demonstrando que todo o corpo humano possui receptores de melatonina funcionais, incluindo queratinócitos, melanócitos, e fibroblastos, e que esses receptores estão envolvidos em diversos efeitos no organismo, bem como proliferação e diferenciação celular.
(KOBAYASHI et al., 2005; FISCHER et al., 2012)
O sistema antioxidante melatoninérgico tem sido identificada na pele, que protege contra os danos causados por raios ultravioleta (UV). Como a pele humana, os folículos do cabelo vêm demonstrando serem capazes de sintetizar e expressar receptores de melatonina, causando influência sobre os ciclos de crescimento capilar.
(KOBAYASHI et al., 2005; FISCHER et al.,2012).
A melatonina é uma substância altamente lipofílica que penetra facilmente membranas orgânicas e, portanto, é capaz de proteger as estruturas intracelulares importantes, incluindo mitocôndrias e DNA dos danos oxidativos diretamente nos locais onde ocorra qualquer dano.
Curiosamente, a melatonina também regula a expressão de genes e a atividade de várias enzimas antioxidantes tais como Cu / Zn-superóxido-dismutase (CuZn-SOD), Mn-superóxido-dismutase (Mn-SOD), catalase e glutationa peroxidase (GPx).
Deste modo, a melatonina não só atua como um potente antioxidante em si, mas também é capaz de ativar um sistema de proteção enzimática endógena contra o stress oxidativo.
(FISCHER et al.,2012)
Estudo I
Um estudo, utilizando folículos capilares humanas cultivadas in vitro e em um meio de cultura colocou melatonina em uma concentração de 30 uM e em outro nada foi adicionado. Resultado: como resultado, houve uma taxa significativamente mais rápida do crescimento folicular de cabelo, em comparação ao meio de cultura sem a adição de melatonina.
(KOBAYASHI et al., 2005)
Estudo II
Estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, foi realizado por FISCHER e colaboradores (2000), 40 mulheres com alopecia difusa ou alopecia androgênica (AGA).
Um grupo recebeu 0,1% de melatonina e o outro uma solução de placebo no couro cabeludo uma vez por dia durante 6 meses. Avaliou-se a taxa das fases anágena e telógena do cabelo, foi realizado um exame de tricograma (exame especializado para o estudo e diagnóstico dos casos de alopecia). Amostras de sangue foram coletadas ao longo do estudo para monitorar os efeitos do tratamento sobre níveis fisiológicos da melatonina.
Resultados
- Com a melatonina teve-se aumento significativo da fase anágena na região occipital da cabeça, comparado com placebo em mulheres com alopecia androgênica (n = 12);
- Na região frontal, a melatonina aumentou significativamente a fase anágena no grupo com alopecia difusa (n = 28);
- A região occipital de pacientes com alopecia difusa e a frontal de pessoas com alopecia androgênica também mostrou um aumento da fase anágena do cabelo, mas as diferenças não foram significativas;
- O nível sérico de melatonina aumentou durante o tratamento, mas não ultrapassou o pico fisiológicos da noite.
Capilia Longa® no tratamento para queda de cabelo
Capilia Longa® é a primeira geração de peptídeos de plantas, desenvolvido através de um processo capaz de identificar, produzir e concentrar os fitopeptídeos otimizados do secretome, que constitui a totalidade de moléculas secretadas pelas células totipotentes, do rizoma da Curcuma longa.
Devido à presença dos peptídeos sinalizadores obtidos da Curcuma longa e um blend de nutrientes, a Capilia Longa® reativa o crescimento e reduz a queda reiniciando e nutrindo o folículo capilar.
Indicação e Benefícios
- Produto natural, saudável e sustentável
- Promove crescimento de novos fios;
- Recuperação e nutrição do bulbo capilar;
- Aumenta o volume do cabelo;
- Redução da queda capilar;
- Combate e prevenção da calvície;
- Pode ser utilizado por homens e mulheres.
- Reduz queda de cabelos.
Mecanismos de ação
A Capilia longa® age em três fatores chaves para o crescimento do cabelo:
- Com relação ao mRNA promove diferenciação celular durante o crescimento capilar, síntese de queratina estrutural e modula a vascularização folicular. Aumenta a expressão de fatores epigenéticos relacionados à fase anágena;
- Reduz a expressão de fatores epigenéticos relacionados à fase catágena;
- Estimula o Fator de crescimento IGF-1, responsável por manter o fio capilar na fase anágena e o desenvolvimento do folículo capilar, por meio deste é afetado a proliferação folicular, remodelação de tecidos e o ciclo de crescimento capilar, bem como a diferenciação folicular (LI et al., 2014);
- Nutrição do bulbo capilar, promovendo energia para o crescimento e fortalecimento do fio capilar na fase anágena.
Estudo I
Estudos in vitro avaliaram capacidade de proliferação celular, o aumento de IGF-1 e miRNAs em fibroblastos da papila dérmica com o uso de Capilia longa®, comparado ao minoxidil.
Resultados
- Capilia Longa® promove aumento da proliferação celular na papila dérmica em até 177% demonstrando efeito assim como o Minoxidil.
- Estimula a síntese de IGF-1 na papila dérmica em até 115% enquanto que o Minoxidil estimula em 36% em 24horas.
- Capilia Longa® estimula a expressão de miRNA-31 e reduz a expressão de miRNA-22 demonstrando efeito na prevenção do início da fase catágena, diferenciação celular durante crescimento capilar, estímulo das células tronco folicular, síntese de queratina estrutural e modulação da vascularização folicular.
Estudo II
Estudo realizado em 40 voluntários caucasianos com idade de 18 e 60 anos de idade, apreentando queda capilar por diferentes etiologias. A porção masculina apresentava alopecia de grau II a IV pela escala Hamilton e a feminina grau I e II pela escala Ludwig.
Os voluntários foram avaliados com aplicação diária de Capilia Longa® 1% em relação ao placebo durante 45, 90 e 150 dias, sem mudança do estilo do cabelo e coloração durante o tempo de análise.
Resultados
- Após a aplicação de Capilia Longa® 1%, após 150 dias observou-se:
- 89% de redução da queda capilar;
- 52% de aumento da densidade capilar;
- Mais 13.500 novos fios;
- 85% dos voluntários observaram formação de novos fios capilares;
- 95% dos voluntários observaram redução da queda capilar.
Imagens obtidas através do equipamento ThichoScan®
Sfíngoni no tratamento da queda de cabelo
Sfíngoni é um esfingolipídio desenvolvido através de um processo de biotecnologia patenteada que inibi a enzima 5-α-redutase, diminuindo significativamente os níveis de di-hidrotestosterona DHT no folículo piloso, prevenindo a queda capilar.
Mecanismos de ação
Sfíngoni inibidor da 5-alfa-redutase e gradualmente diminui os níveis de DHT circulante no couro cabeludo, indicando sua utilização na prevenção e redução da alopecia androgenética.
Indicação e benefícios
- Previne a queda de cabelo prolongando a fase anágena;
- Tratar a perda capilar masculina;
- Tratar alopecia androgênica (AGA);
- Reequilibra o ciclo de vida do cabelo;
- Melhora a saúde geral do couro cabeludo;
- Proporciona melhor estruturação para o crescimento capilar;
- Melhora a qualidade do cabelo;
- Ação antimicrobiana, eficiente na redução do Malassezia furfur;
- Contribui para o controle da caspa;
- Reduz a oleosidade;
- Reduz queda de cabelos.
Estudo I
Ação efetiva na inibição da 5-α-redutase, que converte a testosterona em DHT, sendo esta última a responsável pelo afinamento dos cabelos, pela miniaturização dos folículos capilares e estimulação da produção de sebo na glândula sebácea comparado ao uso Finasterida via oral.
Resultado
Sfíngoni conseguiu inibir a 5-α-redutase assim como o medicamento via oral Finasterida, proporcionando, com efetividade, prevenção da queda, equilíbrio do ciclo capilar e redução da oleosidade do couro cabeludo.
Estudo II
Realizou-se um estudo in vitro para avaliar a capacidade do Sfíngoni em combater o fungo Malassezia furfur, cultivou-se o fungo em ágar e em seguida foi dividido em três placas.
A uma foi aplicada uma solução de 1% de Sfíngoni e em outra uma substancia conservante (Sensiva SC 50: Ethylhexylglycerin) e a última sem nenhum inibidor de crescimento.
Resultado
A contagem de colônias foi reduzida eficientemente com a aplicação do Sfíngoni como mostra os resultados, tendo resultados semelhantes com a amostra controle de Sensiva SC 50.
Estudo III
Estudo com 32 voluntários avaliou a eficácia do Sfíngoni no cuidado com o cabelo. Uma formulação de tônico capilar foi fornecida aos voluntários, sendo esta formulação aplicada diariamente no cabelo seco pela manhã e ao final da tarde, seguido de uma leve massagem no couro cabeludo.
As formulações foram acrescidas com as concentrações de 01, %, 0,2% e 0,5% de Sfíngoni, posteriormente os resultados foram comparados entre si e com o veículo sem adição de nenhum ativo.
Resultado
A taxa média anágena no início do estudo era similar entre o grupo veículo (73,2%) e o grupo Sfíngoni (75,4%). Após 8 semanas, a taxa de cabelo anágeno foi significativamente aumentada em 3%, de 75,4% para 78,4% no grupo Sfíngoni, comparado a diminuição da fase anágena em 2,2% no grupo veículo. Essa mudança no grupo Sfíngoni, mostrou um significante efeito quando comparada a mudança no grupo veículo.
O2 Hair no tratamento da queda de cabelo
É um glicogênio de origem marinha altamente purificado que devido a sua semelhança com o glicogênio de células capilares, assegura disponibilidade de energia na fase anágena do cabelo, estimulando o crescimento do folículo piloso e aumento da espessura do cabelo. O glicogênio do O2 Hair é extraído a partir dos mexilhões.
Mecanismo de ação
O estoque de glicogênio na bainha radicular externa é utilizado no abastecimento de energia para desenvolvimento das atividades das células do bulbo, cada fase e também as células precisam de demanda de energia para exercer suas funções e crescimento, assim, o O2 Hair promove energia para o cabelo crescer mais resistente e saudável.
O O2 Hair tem efeito estimulante no crescimento do folículo piloso e na mitose dos queratinócitos do bulbo, ainda é capaz de aumentar a resistência e o brilho dos cabelos, proporcionando intensa energia aos fios.
Indicação e benefícios tratamento para cabelos
- Promove energia para manter a atividade e crescimento do folículo piloso;
- Aumenta o volume da papila dérmica;
- Estimula desenvolvimento dos folículos pilosos;
- Reduz a fragilidade e aumenta a vitalidade capilar;
- Atividade no aumento do volume do cabelo;
- Estimula a produção de proteínas essenciais na fase anágena;
- Poder ser utilizado sozinho ou em associação;
- Aumento da espessura da sobrancelha;
- Tratamento de cabelos desvitalizados, secos e finos, pós-química, envelhecidos;
- Promove brilho, fortalecimento e revitalização capilar.
- Reduz queda de cabelos.
Estudo I
Estudo realizado com 10 voluntárias que apresentavam cabelos fracos, finos e sem vida. Foi aplicado xampo a 2% de O2 Hair e uma ampola de hidratação intensiva com 10% de O2 Hair, 3 vezes por semana.
Resultado
Após 8 semanas, O2 Hair melhorou a espessura dos cabelos em 12,5% sendo que em 70% das voluntárias a média foi de 19,3%.
Referências
Fischer TW, Burmeister G, Schmidt HW, Elsner P.Melatonin increases anagen hair rate in women with androgenetic alopecia or diffuse alopecia: results of a pilot randomized controlled trial. Br J Dermatol. 150(2): 341-5, 2004.
Fischer TW, Trüeb RM, Hänggi G, Innocenti M, Elsner P. Topical melatonin for treatment of androgenetic alopecia. Int J Trichology. 4(4): 236-45, 2012.
Fischer TW. The influence of melatonin on hair physiology. Hautarzt. 60(12):962-72, 2009.
Fischer TW1, Slominski A, Tobin DJ, Paus R. Melatonin and the hair follicle. J Pineal Res. 44(1): 1-15, 2008.
Gupta M, Mysore V.Classifications of Patterned Hair Loss: A Review. J Cutan Aesthet Surg. 9(1):3-12, 2016.
Kobayashi H, Kromminga A, Dunlop TW, Tychsen B, Conrad F, Suzuki N, Memezawa A, Bettermann A, Aiba S, Carlberg C, Paus R. A role of melatonin in neuroectodermal-mesodermal interactions: the hair follicle synthesizes melatonin and expresses functional melatonin receptors. FASEB J. 19(12): 1710-2, 2005.
Li J, Yang Z, Li Z, Gu L, Wang Y, Sung C. Exogenous IGF-1 promotes hair growth by stimulating cell proliferation and down regulating TGF-β1 in C57BL/6 mice in vivo. Growth Horm IGF Res. 24(2-3): 89-94, 2014.
Literatura do fabricante: Evonik – Alemanha.
Literatura do fornecedor: Cobiosa – Espanha.
Rossi A, Cantisani C, Melis L, Iorio A, Scali E, Calvieri S. Minoxidil use in dermatology, side effects and recent patents. Recent Pat Inflamm Allergy Drug Discov.6(2):130-6, 2012.
Vujovic A, Del Marmol V. The female pattern hair loss: review of etiopathogenesis and diagnosis. Biomed Res Int. 2014: 767628, 2014.