Neste conteúdo será abordado sobre, o que é a influenza, como tratar, além disso, seus principais sintomas.
Estamos num período de grandes turbulências na saúde pública, não apenas pela, infecção pela síndrome respiratória aguda grave (Sars-Cov-1 e Sars-Cov-2), mas também pela infecção por influenza. Ambas demandam cada vez mais, reforço do sistema imune contra a exposição a infecções.
Você deve conhecer ou estar convivendo com alguém que teve ou tem apresentado, sintomas gripais como, por exemplo, febre, dor de cabeça, coriza, cansaço, fadiga e exaustão, o que pode comprometer a saúde e o desempenho nas atividades do dia a dia. Aliás, talvez você pode ter questionado, será que fui infectado por Sars-Cov-2 ou influenza? E agora?
O que é influenza?
A influenza é uma infecção viral aguda que pode ocasionar diversos sintomas clínicos, é uma acentuada carga viral, principalmente, no tecido pulmonar (epitélio brônquico e no tecido alveolar) podendo causar sintomas agressivos no trato respiratório.
Eventualmente, além de sintomas respiratórios em pacientes afebris, a influenza também pode promover pneumonia viral fulminante, consequentemente, causando dano alveolar e ademais pode ocasionar óbito.
(Roberts et al., 2006; Shun-Shin et al., 2009)
Sinais e sintomas da influenza
- Bronquiolite necrosante
- Áreas de hemorragia
- Hipoxemia severa
- Infecção bacteriana secundária
- Manifestações neurológicas (podendo ocorrer convulsões em crianças)
- Miocardite
- Desidratação acentuada
(Roberts et al., 2006; Brasil, 2017)
Oseltamivir para o tratamento da influenza
O uso profilático de Oseltamivir pode ser uma alternativa na tentativa de minimizar os danos, especialmente, no trato respiratório baixo, como também, complicações das doenças crônicas já existentes.
Grupos de risco para o desenvolvimento da influenza
A princípio, algumas condições clínicas podem favorecer o risco para desenvolver a influenza, como mostra a tabela abaixo.
Tabela 1- Características do público e a condição clínica
(Brasil, 2017)
E agora, como tratar?
Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação que deve ser mantida, está indicado o uso de fosfato de Oseltamivir para todos os casos de síndrome gripal (SG) tanto em adultos quanto em crianças.
Os grupos portadores de fatores ou condições de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial podem fazer a administração de Oseltamivir.
Fundamento da indicação terapêutica de Oseltamivir
Primordialmente, esta indicação terapêutica baseia-se no benefício que a terapêutica proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na diminuição de complicações da infecção pelos vírus da influenza em pacientes com fatores de risco tendenciosos a complicações.
Principal opção para tratar a influenza
Oseltamivir é um fármaco rapidamente hidrolisado via esterases do trato digestivo e hepático, dando origem ao seu metabólito ativo, o carboxilato de Oseltamivir. Semelhantemente, é um potente inibidor seletivo, das enzimas, neuraminidases e glicoproteínas, presentes na superfície do vírus da gripe.
Seu potencial inibidor, tem como resultado, intervir na replicação viral e também na redução da liberação de partículas virais, melhorando a resposta imune contra as partículas virais, e desse modo, reduz a carga viral. Primordialmente a administração de Oseltamivir de modo precoce, pode sobretudo, atenuar a transmissibilidade do vírus bem como diminuir a severidade e duração dos sintomas clínicos apresentados.
(Shun-Shin et al., 2009; Jefferson et al., 2014; Dobson et al., 2015)
Conclusão
Tendo em vista, o impacto que a essa infecção exacerbada pode provocar no organismo. Propomos seu tratamento com o uso de Oseltamivir. Todavia, lembrando que, para o início do tratamento, é necessário acompanhamento e também o uso de prescrição médica, pois, o mesmo fará a indicação de acordo com a dose e posologia personalizada para seu tratamento.
Em virtude disso, a Farmácia Artesanal sugere ainda a personalização da terapêutica com a utilização da forma farmacêutica (suspensão oral) mais cômoda e agradável ao paciente, e com isso, facilita a deglutição, especialmente, do público pediátrico, podendo também a suspensão oral ser utilizada por qualquer indivíduo.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2017 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. — Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratame to_influenza_2017.pdf.
Dobson, J., Whitley, R. J., Pocock, S., & Monto, A. S. (2015). Oseltamivir treatment for influenza in adults: a meta-analysis of randomised controlled trials. The Lancet, 385(9979), 1729-37.
Jefferson, T., Jones, M. A., Doshi, P., Del Mar, C. B., Hama, R., Thompson, M. J., Spencer, E. A., Onakpoya, I., Mahtani, K. R., Nunan, D., Howick, J., & Heneghan, C. J. (2014). Neuraminidase inhibitors for preventing and treating influenza in adults and children. The Co- chrane database of systematic reviews, 2014(4), CD008965.
Roberts NA Summary of viral resistance data in the treatment and prophylaxis of adults and children for Tamiflu® (oseltamivir phosphate) (update to final report 1009234). Research report 1012320, September 2003; Update of Research Report 1018181 / Resistance Summary (Update to Research report 1015254), May 2005; Resistance Summary Update November 2006.
Shun-Shin, M., Thompson, M., Heneghan, C., Perera, R., Harnden, A., & Mant, D. (2009). Neuraminidase inhibitors for treatment and prophylaxis of influenza in children: systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ (Clinical research ed.), 339, b3172.