No tratamento de doenças cerebrovasculares e do comprometimento da função cognitivo tem-se utilizado vimpocetina, pois, sua ação anti-inflamatória, tem apresentado significativos benefícios no tratamento de doenças neuroinflamatórias.
Zhao et al., 2011
Efeito protetor da vimpocetina
Estudos comprovam que o uso de vimpocetina no tratamento de doenças neurodegenerativas, tais como Parkinson e Alzheimer, é eficaz, pois aumenta o nível de neurotransmissores relacionados à memória. Utiliza-se vimpocetina para tratamento de AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico também, pois age como inibidor da agregação de plaquetas e alteração na conformação de células sanguíneas.
Benefícios da vimpocetina
- Atua em acidentes vasculares cerebrais
- Demência
- Problemas circulatórios cerebrais
- Aumento no metabolismo e da vasodilatação cerebral
- Eleva os níveis de neurotransmissores.
Mecanismo de atuação da vimpocetina
Neuroproteção
Com efeito, a vimpocetina como neuroprotetora, um de seus mecanismos envolve a proteção do cérebro contra os efeitos citotóxicos causados pela grande exposição ao glutamato, que certamente leva a alterações como, desregulação da função mitocondrial e também do metabolismo neuronal.
Metabolismo e vasodilatação cerebral
Semelhantemente, a vimpocetina consegue aumentar o metabolismo e a vasodilatação no tecido cerebral, esse aumento acontece, uma vez que, maior vasodilatação facilita o consumo de glicose e oxigênio pelo cérebro, o que, contribui por conseguinte, para elevar os níveis de neurotransmissores.
Equilíbrio na hipoperfusão cerebral crônica
A hipoperfusão cerebral crônica é um fator de risco para o desenvolvimento de demência, da perda cognitiva e da memória, influenciando também em quadros depressivos, todavia a vimpocetina tem mostrado papel significativo na melhora desse fator, podendo ser uma alternativa.
Patyar et al., 2011
Estudo I
Alteração na microcirculação cerebral
De acordo com, Vorob’eva e Tamarova (2010) foi realizado um estudo para avaliar a eficácia e a segurança do uso da combinação de vimpocetina com piracetam, 2 cápsulas diariamente, por 30 dias. Conforme dados, foram analisados 20 pacientes, com idades entre 50 e 78 anos, com sinais iniciais de isquemia crônica cerebral, 7 diagnosticados com encefalopatia discirculatória na fase 1, e os outros 13 com encefalopatia discirculatória na fase 2.
Ao final do tratamento observou-se resultados muito bons ou bons em 75% dos pacientes, houveram também resultados positivos nos testes neuropsicológicos, teste de fala, aumento da atenção, melhora na autopercepção de saúde e humor. Durante o tratamento o estado emocional de 50% dos pacientes estabilizaram e não houveram relatos de efeitos adversos.
Estudo II
Vimpocetina associado ao piracetam
Outro estudo realizado com o objetivo de avaliar a ação da combinação de vimpocetina com piracetam em 349 pacientes com encefalopatia discirculatória, fases 1 e 2, teve resultado satisfatório. Durante o tratamento a dose dos ativos, vimpocetina 5 mg e piracetam 400 mg, foi administrada em cápsulas 3 vezes ao dia, durante 3 meses.
De acordo com os resultados
Testes neuropsicológicos foram aplicados ao final do tratamento, houve melhora significativa na função cognitiva. Inegavelmente, essa melhora também está ligada a regressão de sintomas como, por exemplo, a dor de cabeça, a tontura, o zumbido, a fadiga e a insônia. A utilização dessa associação foi considerada segura e bem tolerabilidade, também nos pacientes idosos.
Zakharov, 2010
Vimpocetina sobre desordens isquêmicas e sanguíneas
De acordo, com estudo elaborado por Feher e colaboradores (2009) foi realizado um estudo duplo-cego para avaliar as alterações na composição sanguínea em isquemias cerebrovasculares após o tratamento com vimpocetina. Ademais, 40 pacientes com isquemia cardiovascular crônica, receberam dose diária de 1 mg/kg de vimpocetina intravenosa, outros 20 pacientes com idade média de 61 anos, fizeram uso diário de 30 mg por 3 meses, já outros 20 pacientes com idade média de 59 anos utilizaram apenas placebo.
Como resultado
Em suma, nos resultados foram obtidos análise do hematócrito, da concentrações plasmáticas de fibrinogênio, da viscosidade do sangue, da agregação de glóbulos vermelhos e deformidade nos mesmos, nos meses 1 e 3. Em resumo, o uso de vimpocetina mostrou um resultado benéfico na prevenção e no tratamento de desordens isquêmicas.
Resultados em parâmetros hematológicos
Como resultado, foi apontado melhora na agregação de glóbulos vermelhos e na viscosidade sanguínea, os pacientes que utilizaram o ativo oral tiveram uma melhora significativamente maior do que os pacientes que utilizaram o placebo. Os fatores hematológicos estão relacionados diretamente com desordens isquêmicas cerebrovasculares, pois, esses fatores induzem uma predisposição para acidentes vasculares cerebrais.
Feher et al., 2009
Em síntese o uso da vimpocetina apresentou
- Com efeito, considerável atividade neuroprotetora
- Estimular a melhora da função cognitiva
- De maneira idêntica, diminuiu o risco de progressão da alterações cerebrovasculares
- Melhora significativa nos sintomas das síndromes neurológicas
- Efeito protetor contra acidente vascular cerebral
- Diminuição do risco de alterações na vascularização e isquêmicas
- Ademais, mostrou significativo potencial antioxidante
Chukanova, 2009; Vishnevskii et al., 2009
Referências
Feher G, et al. Effect of parenteral or oral vinpocetine on the hemorheological parameters of patients with chronic cerebrovascular diseases. Phytomedicine. 2009 Mar;16(2-3):111-7. doi: 10.1016/j.phymed.2008.10.014. Epub 2009 Jan 8.
Patyar S, et al. Role of vinpocetine in cerebrovascular diseases. Pharmacol Rep. 2011;63(3):618-28.
Zakharov VV. Vinpotropil in the treatment of dyscirculatory encephalopathy with cognitive impairment without dementia. Zh Nevrol Psikhiatr Im S S Korsakova. 2010;110(11 Pt 1):13-6.
Vorob’eva O V e Tamarova E S. Efficacy of vinpotropile in the therapy of initial signs of cerebrovascular pathology. Zh Nevrol Psikhiatr Im S S Korsakova. 2010;110(9):39-42.
Chukanova EI. Cavinton in the complex treatment of patients with chronic cerebrovascular insufficiency. Zh Nevrol Psikhiatr Im S S Korsakova. 2009;109(9):35-9.
Vishnevskiĭ AA, et al. Membrane and functional effects of vinpocetine and tocopherol in rats with experimental cerebral ischemia. Biomed Khim. 2009 Sep-Oct;55(5):635-42.
Solanki P, et al. Preventive effect of piracetam and vinpocetine on hypoxia-reoxygenation induced injury in primary hippocampal culture. Food Chem Toxicol. 2011 Apr;49(4):917-22. doi: 10.1016/j.fct.2010.12.015. Epub 2010 Dec 28.
Zhao YY, et al. TSPO-specific ligand Vinpocetine exerts a neuroprotective effect by suppressing microglial inflammation. Neuron Glia Biol. 2011 May;7(2-4):187-97. doi: 10.1017/S1740925X12000129. Epub 2012 Jul 6.